Policiais militares retiram entorpecentes que estavam embalados e armazenados no caminhão | Foto: Oswaldo Praddo / Agência O Dia
POR MICHEL ALECRIM
Rio - Policiais do 16º BPM (Olaria) apreenderam na madrugada deste domingo um caminhão com cerca de uma tonelada de maconha que iria abastecer as bocas de fumo do Complexo do Alemão, na Zona Norte. A droga estava escondida sob sacos de polvilho. Os bandidos que faziam o carregamento fugiram para a Favela da Fazendinha, em Inhaúma.
Policiais do serviço reservado (P-2) do 16º BPM receberam a informação de que o carregamento estaria chegando ao complexo e montou uma operação em conjunto com o Grupamento de Ações Táticas (GAT). Segundo os policiais, o caminhão foi encontrado por volta de 1h num dos acessos à Fazendinha, na Rua Antônio Austregésilo. Ele estava sendo acompanhado por um Palio branco, que fazia cobertura.
Quando viram os policiais, bandidos da favela que faziam a "contenção" começaram a atirar. De acordo com os PMs, enquanto o carro entrou na comunidade, o motorista que dirigia o caminhão largou o veículo e fugiu a pé. O caminhão chegou a colidir com um muro. Ninguém ficou ferido ou foi preso.
Dentro do caminhão, foram encontrados vários tabletes de maconha prensada. A estimativa dos policiais era de que pelo menos uma tonelada da droga estava escondida sob sacos de polvilho. O veículo, de placa AOR-6027 de Marechal Cândido Rondon (PR), e a carga foram levados para a 22ª DP (Penha), onde foi registrada a apreensão.
Houve receio por parte dos policiais de plantão de um ataque à delegacia e o material quase teve que levado para o batalhão. No entanto, a Polícia Civil decidiu dar continuidade ao procedimento, mesmo de madrugada.
Logo depois da apreensão, apareceu na delegacia o motorista Ângelo Rafael Kruger, 29 anos, que contou ter trazido o caminhão com a carga desde Laranjeiras do Sul (PR).
Depois de passar pelo último pedágio da Via Dutra, parou num posto de gasolina para beber água, no início da noite de sábado. Quando retornou ao veículo, teria sido rendido por dois bandidos. Depois de ser levado no próprio caminhão, ele foi transferido para a mala de um automóvel e ficou circulando até ser deixado na Avenida Brasil, na altura da Penha.
Acabou indo procurar a própria delegacia onde o caminhão foi apreendido. "Achei que eles iam me matar. Me obrigaram a beber pinga. Eu disse que fiz tratamento contra o alcoolismo, mas eles me ameaçaram", contou ele na delegacia. Sua versão será investigada pela polícia.
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